"Reeducação alimentar" vulgo "dieta"!
- asduarte79
- 14 de abr. de 2015
- 3 min de leitura
Uma das minhas resoluções de ano novo foi “reeducação alimentar”. Até aí nada de novo. Uma das resoluções mais comuns de ano novo (pelo menos das mulheres) deve ser “perder peso”. Mas eu queria mais do que isso, queria reeducar-me, aprender a controlar a gula, comer de forma mais saudável, enfim...um desafio. Nunca na vida fiz dieta. Primeiro porque considerei sempre andar dentro dos “limites aceitáveis” e segundo porque ADORO comer!!! Esse motivo era suficiente para arruinar qualquer dieta possível. Para mim é impensável comer uma folhinha de alface e uma cenoura e andar feliz e contente da vida. Até porque...odeio alface e, mais uma vez, ADORO comer. Consultei há algum tempo, ainda em Portugal, uma nutricionista. Foi importante, apontou-me algumas falhas que cometia na alimentação e construimos juntas uma “dieta alimentar” de acordo com o meu estilo de vida e com os alimentos possíveis. Mas, por vários motivos, esta “boa vontade” não durou mais do que uma semana.
No início do ano, olhei para algumas das minhas últimas fotografias e para a balança, pensei na minha vida e, cheguei à conclusão de que se não fosse agora, nunca seria. Nunca fiz tanto exercício com agora. Vivo na Holanda e o facto de não termos carro leva a que todas as deslocações sejam feitas a pé ou de bicicleta e fiz disso uma vantagem. Depois a parte social também pesa – a aula de zumba é o “compromisso” das 6ªs feiras ao fim do dia entre alguns dos membros do “Enschede people” e, sempre que o tempo permite, a caminhada com a Azeitona entra também no rol das actividades. Depois faço exercícios de cardio em casa pelo menos 3 vezes por semana, e, porque gosto, bebo rios de água e chá. Por outro lado, gosto muito de cozinhar, de procurar receitas novas e de experimentar novos ingredientes. O facto de não ter simpatia por alguns legumes, também me obrigou a descobrir novas verduras e novas formas de as cozinhar.
Não tinha dinheiro para consultar uma nutricionista, portanto teria de ser tudo feito por mim. Nem por acaso, recebi no início do ano um convite para um grupo de Facebook, que iria começar a seguir a dieta dos 31 dias da Drª Ágata Roquete. Já tinha lido algumas coisas sobre esta dieta e resolvi ler um pouco mais, sobre os objectivos, as fases e as receitas. Aceitei aderir ao grupo, confesso com algumas reticências, mas a dieta pareceu-me “aceitável” e, o mais importante, pareceu-me que não passaria fome (razão pela qual as dietas nunca resultaram para mim). O facto de existir um obectivo comum às várias pessoas, revelou-se uma mais-valia (a nível de motivação, de troca de ideias, receitas, etc.).
Assim, há 3 meses atrás iniciei a dieta. Resumidamente é uma dieta proteica, que procura reduzir a quantidade de hidratos de carbono. Existem depois os alimentos “proibidos” claro, aqueles que são excluídos da maior parte das dietas, como os doces, os fritos, os snacks, os refigerantes, etc. Numa primeira fase (que dura 1 ou 2 semanas) deve-se cortar igualmente a fruta (por ter um elevado teor de açucar e porque, ao ser consumida isolamente, abrirá o apetite em vez de saciar). Progressivamente vão-se introduzindo todos os alimentos – a fruta, a sopa (que pode substituir os jantares) e os HC mas em baixas quantidades. Um dia por semana, no conhecido “dia da asneira” é permitido comer alguns dos alimentos “proibidos”. À excepção da primeira semana, que para mim foi mais difícil, esta dieta não exige “poderes sobrenaturais”. Cada caso é um caso e acho que acima de tudo devemos respeitar o nosso organismo. Por exemplo, nunca substituo um jantar apenas por sopa e gelatina, porque simplesmente fico cheia de fome. Mas reduzi drasticamente os HC e, à excepção de “dias festivos”, se como arroz ou massa, pão ou torradas, opto por o fazer até à hora de almoço. Depois “entram” as pequenas coisas, chamadas de “bom senso” – acabaram-se as torradinhas e o nestum ao serão, os 2 pratos de spaghetti à carbonara ao jantar, enfim... Acho que acima de tudo, tenho a “receita” para as coisas resultarem. Se poderia ter sido mais rápido, sim.. claro. Mas o objctivo era acima de tudo “reaprender” a comer e controlar a gula. Descobri novas e deliciosas receitas, passei a utilizar substitutos alimentares (por exemplo, natas de soja, alguns queijos e cerais) e perdi até agora 7 quilos, o que me deixa bastante feliz, claro!
Se é sempre fácil? Claro que não. Se me perco às vezes por um chocolate ou num jantar entre amigos? Sim, claro, fundamentalismos à parte, acho que isso também é importante.
Esta é a minha experiência que gostaria de partilhar aqui. O que não invalida continuar a ser convidada para jantares e petiscos deliciosos, claro!!!











Comments